O tríptico, uma forma artística que floresceu na Idade Média, especialmente a partir do século XIV, carrega profundo simbolismo religioso. É composto por três painéis — o central, e dois laterais que se fecham sobre a obra principal —, que revelam uma dimensão do mistério divino, muitas vezes associado à Santíssima Trindade ou à Virgem Maria. Quando fechado, o tríptico simboliza um mistério velado. Ao ser aberto, revela-se a plenitude da mensagem sagrada, como um portal que conduz o coração à meditação profunda. Feito à mão por habilidosos artesãos russos, cada peça carrega um toque de devoção e tradição, além de ter um ímã na parte detrás que o transforma em um pequeno quadro para superfícies de metal. O tríptico, assim, é mais do que uma obra de arte; é uma janela para o mistério divino, um convite à oração e à contemplação.
Na face central do tríptico encontra-se um lindo ícone da Madona de Tikhvin. No século V, ele foi transferido de Jerusalém para Constantinopla, onde permaneceu na igreja de Blakhernae. Em 1383, antes da queda de Constantinopla, o ícone desapareceu e milagrosamente reapareceu sobre o Lago Ladoga, sendo levado para a cidade de Tikhvin. No local de sua aparição, foi construída uma igreja de madeira, substituída posteriormente por uma de pedra, por ordem do Príncipe Vasilii Ivanovich. Em 1560, o Czar Ivan, o Terrível, fundou um mosteiro ao redor da igreja. Durante os anos de 1613-1614, o exército sueco tentou destruir o mosteiro após a conquista de Novgorod, mas, graças à intercessão da Mãe de Deus, ele foi salvo. Um dos milagres ocorreu quando os monges, tentando fugir com o ícone, não conseguiram movê-lo, o que os encorajou a ficar e resistir. O exército sueco foi derrotado, e a vitória foi atribuída à proteção da Virgem Santíssima.
Ideal para presentear ou para carregar consigo como um símbolo de fé, este tríptico com o Ícone da Madona de Tikhvin é símbolo da inspiração do Espírito Santo refletido na criação e na arte humana.
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